A Empresa Interbancária de Serviços(EMIS) anunciou ontem em Luanda mais de 2,7 biliões de kwanzas movimentados, mensalmente, pelos utentes de cartões da Rede Multicaixa, num universo de 3,6 mil caixas automáticas e cerca de 185 mil Terminais de Pagamento Automático (TPA), registando uma crescente adesão à bancarização e o aumento da confiança dos consomidores aos serviços bancários em Angola.
Para além disso, a Rede Multicaixa processa mais de 176 milhões de operações financeiras por mês, para além do registo de mais de 1,2 milhão de utilizadores do Multicaixa Express, segundo uma nota de imprensa da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS).
De acordo com a EMIS, o impacto social da Rede Multicaixa, ao longo dos últimos anos, tem sido positivo, fruto da implementação contínua de serviços inovadores, seguros, rápidos e eficientes, facto que tem fortalecido a confiança da população na realização de operações financeiras.
Refere que esse sucesso deve-se aos seus participantes, em geral, com destaque para os utilizadores dos serviços oferecidos pela rede.
Essa plataforma, avança a EMIS, constitui-se num dos maiores contributos de inovação tecnológica e transformação digital dos últimos anos em Angola.
Por isso, a EMIS assegura a contínua inovação tecnológica desse meio de pagamento, com vista à vanguarda dos pagamentos electrónicos e digitais em Angola, colocando o país na rota dos mais modernos avanços tecnológicos do mercado mundial.
A Rede Multicaixa foi lançada a 18 de Abril de 2002, numa altura em que o país enfrentava o desafio de superar a baixa taxa de bancarização e o grau de desconfiança em relação aos serviços bancários por parte da população.
O monopólio integrado do sistema de pagamento
Garantindo um monopólio tecnologico, a EMIS gere a Rede MULTICAIXA e a Câmara de Compensação Automatizada de Angola (CCAA), compreendendo o Sistema de Gestão de Cartões de pagamento (MULTICAIXA), o Sistema de Transferências a Crédito (STC), o Sistema de Compensação de Cheques (SCC) o Sistema de Débitos Directos (SDD) e o Sistema de Transferências Instantâneas (STI).
Esses Sistemas de Pagamentos da CCAA estão assentes numa infraestrutura de mercado financeiro (infraestrutura do mercado financeiro) que tem por missão principal propiciar a interoperabilidade entre os Prestadores de Serviços de Pagamentos bancários e não bancários, bem como assegurar o respectivo o clearing (compensação) das operações, cuja liquidação está a cargo do Banco Central (BNA).
Trata-se de uma infraestrutura partilhada, essencial para o desenvolvimento dos serviços de pagamentos e que tira bastante proveito das economias de escala.
Esta infraestrutura cumpre integralmente com os princípios definidos pelo BIS (Banco de Pagamentos Internacional) para as infraestruturas de mercado financeiro, garantindo por isso a necessária neutralidade.